Em 2030, homem e máquina viverão uma parceria ainda mais imersiva, impulsionada pela assimilação de tecnologias emergentes como 5G, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT).
As cidades não serão apenas digitais, mas sensitivas e os robôs se tornarão cada vez mais comuns no dia a dia. Essas são as previsões do estudo Future of Connected Living, que explora como as novas tecnologias transformarão nossas vidas até 2030. A pesquisa foi lançada pela Dell Technologies em parceria com o Institute for the Future (IFTF) e a Vanson Bourne. O levantamento conta com a participação de 4.600 líderes de negócios, de mais de 40 países.No Brasil, os resultados indicam que 92% dos líderes empresariais afirmam que devem utilizar novas tecnologias para antecipar as demandas dos clientes e gerenciar os recursos necessários para atendê-las; enquanto 95% deles acreditam que essas tecnologias vão melhorar a colaboração e o trabalho.
Por outro lado, 82% destes mesmos executivos admitem que a transformação digital deveria ser mais ampla em suas organizações, abrangendo mais as operações e os negócios.
O IFTF e um grupo global de especialistas preveem que novas tecnologias – como Edge Computing, 5G, Extended Reality, Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT) – vão provocar cinco grandes mudanças na próxima década:
Realidade em rede
O ciberespaço se tornará uma camada sobreposta à nossa realidade conforme o ambiente digital se estende para além das televisões, smartphones e outras telas.
Mobilidade conectada e questões em rede.
Os veículos serão essencialmente computadores móveis. Eles nos levarão aonde precisamos ir ao mundo físico, enquanto acessamos os espaços virtuais.
De cidades digitais a cidades sensitivas
As cidades ganharão vida com sua própria infraestrutura em rede de objetos inteligentes, sistemas autônomos de relatórios e ferramentas analíticas com Inteligência Artificial.
Agentes e algoritmos
Cada pessoa terá o apoio de um “sistema operacional para viver” altamente personalizado, com capacidade de antecipar necessidades e apoiar proativamente atividades diárias.
Robôs com vidas sociais
Os robôs se tornarão nossos parceiros na vida, melhorando nossas aptidões e habilidades. Os robôs estarão conectados em uma rede, para compartilhar novos conhecimentos, pensar em inovações em conjunto e acelerar o progresso em tempo real.
Esses movimentos gerados pela tecnologia poderão desafiar as pessoas e organizações que são resistentes a mudanças, de acordo com a pesquisa. As empresas que desejam usar o poder das tecnologias emergentes deverão agir para coletar, processar e implementar dados.
Aliás, a privacidade de dados é indicada como o principal desafio social para 83% dos líderes de negócio no Brasil. Cibersegurança aparece em segundo mais importante para 61% dos respondentes brasileiros.
Novas habilidades para os funcionários
De acordo com o estudo, muitas empresas se preparam para esse novo cenário. Um exemplo é em relação ao preparo da força de trabalho: 70% dos respondentes acreditam que as empresas estão desenvolvendo sua força de trabalho interna, ensinando habilidades digitais e programação para os funcionários.
A mão de obra especializada ainda é um desafio. Apesar de 51% dos líderes brasileiros acreditarem que a próxima geração de trabalhadores vai criar uma disrupção profissional – por conta do seu comportamento digital – apenas 30% deles acreditam que terão dificuldades para gerar oportunidades iguais para diferentes gerações de trabalhadores, quase metade da média mundial (58%).O que explica essa posição é a crença no potencial das novas tecnologias, que devem ser utilizadas para criar oportunidades equivalentes ao remover os preconceitos humanos em momentos de decisão, como acreditam 85% os líderes brasileiros.
Dados da pesquisa
A Dell Technologies firmou parceria com o grupo independente de pesquisa sobre o futuro, o Institute for the Future (IFTF), para explorar como as tecnologias emergentes mudarão nossas vidas na próxima década. O IFTF se baseou em um estudo de décadas sobre o futuro da tecnologia e seu impacto na humanidade, na mais recente pesquisa da Dell Technologies e em entrevistas com especialistas de todo o mundo. The Future of Connected Living é a terceira e última parte de uma série de estudos, que inclui também as pesquisas The Future of the Economy e The Future of Work , ambas lançadas em 2019.