Os deputados mantiveram o veto do governo do Estado ao Projeto de Lei (PL) 166/2023, iniciativa de Lucas Polese
(PL) que estabelece punições para invasores e ocupantes de propriedades
particulares e de patrimônio público. Com a decisão a matéria será arquivada. O
placar apertado, de 14 x 7 (eram necessários 16 votos para a derrubada do
impedimento) demonstrou como o assunto colocou os parlamentares em lados
diferentes.
Em um oposto ficaram os apoiadores do projeto apresentado por Polese: os
correligionários Callegari, Delegado Danilo Bahiense, Capitão Assumção, além de
Alcântaro Filho, Pablo Muribeca, Hudson Leal e Sergio Meneguelli (os
quatro do Republicanos), Adilson Espindula (PSD), Coronel Weliton (PRD), Dr.
Bruno Resende (União), Lucas Scaramussa (Podemos), Zé Preto (PP) e Engenheiro
José Esmeraldo (PDT).
Na outra ponta se colocaram os petistas Iriny Lopes e João Coser, Camila
Valadão (Psol), o vice-líder do governo Tyago Hoffmann e o líder Dary Pagung
(ambos do PSB), Denninho Silva (União) e Mazinho dos Anjos (PSDB), que havia
relatado, na terça-feira (25), pela manutenção do impedimento governamental na
Comissão de Justiça. O argumento do Palácio Anchieta acerca da
inconstitucionalidade da matéria foi defendido por esse grupo.
Mazinho disse que concorda com o mérito da proposta, mas que seu parecer foi
técnico, e não político. O tucano explicou que os crimes de invasão e esbulho
já estão tipificados no Código Penal e a aprovação da medida poderia trazer
riscos. “Aqui, nós estamos criando uma esfera administrativa colocando que
aquele que invade, sem ter um processo, uma decisão transitado em julgado, é
penalizado”, avaliou.
“Não tem como contestar”, considerou Iriny sobre a inconstitucionalidade da
medida. A deputada ressaltou que a Constituição Federal garante a propriedade
privada e a destinação social da terra. Camila Valadão reforçou o entendimento
da colega e emendou que muitas invasões a terras são feitas por grileiros.
“Mais uma vez a tentativa de criminalizar o MST”, destacou ela sobre o objetivo
da proposição.
O deputado Lucas Polese refutou os argumentos contrários da Procuradoria-Geral
do Estado (PGE) acerca do projeto e lembrou que parlamentares estaduais de
Goiás e Mato Grosso aprovaram iniciativas parecidas. “Não sustenta essa ideia
de vício de iniciativa”, asseverou o autor. Os deputados favoráveis à matéria
criticaram o aumento das ocorrências e atribuíram as invasões ao Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Callegari pontuou os recorrentes “ataques” no norte do Espírito Santo. Além
disso, rememorou que, quando foi aprovado na Assembleia Legislativa (Ales), o PL
166/2023 foi acatado por ampla maioria em plenário. “Foi analisada sua
constitucionalidade, sua conveniência”, reportou sobre a tramitação do texto na
Casa.
HOMENAGEM
Na sessão ordinária, sete bombeiros militares receberam dos deputados Capitão
Assumção e Delegado Danilo Bahiense a Medalha Alferes Tiradentes. A honraria
foi entregue em reconhecimento à atuação de urgência para salvar Antônio
Joaquim Machado de uma parada cardiorrespiratória em 15 de abril, em
Colatina. Os homenageados foram os cabos Aloísio Pereira
Cunha, Ediovan Patrocínio Boone, Douglas Lopes
Dalcumune, Eduardo Barboza da Costa, Gabriel Angeli
Braga, Douglas Cavalcanti e Jugras Domingos Neto.
Fonte: al.es.gov.br