O ex-prefeito de Catugi (MG), Fúvio Luziano Serafim, implicado na morte de sua esposa, a médica Juliana Ruas El-Aouar, de 39 anos, ocorrida em um hotel de Colatina, não será levado a júri popular. A Justiça estadual decidiu que não houve intenção de matar. O incidente se deu em 2 de setembro do ano passado.
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público do Espírito Santo atribuiu a Fúvio o crime de feminicídio com dolo eventual, alegando que ele teria causado a morte de Juliana. No entanto, o juiz da Vara de Colatina, Marcelo Bressan, teve uma interpretação diferente.
Após ouvir os testemunhos, o juiz registrou nos autos que a morte foi resultado do uso frequente de entorpecentes pelo casal e afirmou que não houve omissão de socorro à vítima. Assim, Fúvio não irá a júri popular, pois não responderá por crime doloso.
Fúvio, que é empresário e foi prefeito de Catugi (MG), estava hospedado com a esposa em um hotel. Na noite do incidente, ele foi à recepção solicitar ajuda para Juliana, que se sentia mal. Quando o Samu chegou, ela já havia falecido. A polícia, acionada, encontrou o quarto revirado, com indícios de uma possível briga. O empresário e o motorista do casal deram depoimentos contraditórios e chegaram a ser detidos na ocasião, sob acusação de fraude processual.