A AstraZeneca, renomada empresa farmacêutica, anunciou a retirada global da vacina contra a COVID-19 de circulação, conforme reportado pelo jornal britânico The Telegraph nesta terça-feira (7). A decisão foi motivada pela admissão da empresa em documentos judiciais de que o imunizante pode desencadear a síndrome da trombose com trombocitopenia (STT), um efeito considerado perigoso e raro.
A STT é uma condição extremamente rara que envolve a formação de coágulos sanguíneos e baixa contagem de plaquetas, podendo resultar em coágulos potencialmente fatais. A União Europeia já proibiu o uso da vacina, com a solicitação para a retirada da comercialização feita em 5 de março e efetivada nesta terça.
Além disso, a AstraZeneca enfrenta uma ação coletiva movida por 51 famílias em busca de indenizações que podem chegar a 100 milhões de libras. A empresa alega que a STT tem causas diversas, enquanto as famílias relatam casos de mortes e ferimentos graves associados à vacina.
No Brasil, a recomendação da vacina foi ajustada em dezembro de 2022, passando a ser indicada para pessoas a partir dos 40 anos de idade devido aos efeitos adversos identificados em faixas etárias mais jovens.